segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Meu pecado .

É como doença. Posso senti-lo impregnado em mim, em meus olhos. É tão forte, que às vezes me faz chorar. Ouço suas vozes, vejo seus rostos - estúpidas faces esculpidas, de uma beleza excêntrica. Amo-o de uma tal maneira, que creio, superam-se os limites da lógica, da razão. Não há mais barreiras à mim. Sinto-me subjugada diante dele. Sinto-me tremula, inútil, fracassada. Vêm corroendo cada pedaço do meu corpo. Acaba, liquida de vez comigo. sinto-me morrendo aos poucos. Aos poucos diminuindo, e sumindo diante de todos. Ninguém percebe. Seja como for, um dia vou sentir-me só, e lá estará ele, atormentando-me novamente. Cada nervo de meu corpo já foi apossado, mas não me resta mais nada, a não ser esperá-lo. Esperar calmamente o fim. O odioso fim que nunca desejei. Me levará à uma eternidade ofuscada. Me levará ao inferno, ao seu inferno particular. Me trancafiará e me abandonará. Posso sentir, estou sentindo. Cada célula se despedaçando, desfalecendo. Estou virando pó. Estou voltando ao início.