domingo, 2 de novembro de 2008

Sem ressentimentos .

Abre a janela e vê
o chão molhado.
Lágrimas e chuva queimam a pele,
num contraste morno-frio,
doce-amargo eterno.
Olha pra trás e vê o chão manchado,
sujo pela pureza do seu amor.
Amou-o, como amou a todos os outros,
e o mesmo fim lhe deu.
Não consegue libertar-se desse impulso.
Um gato negro ronrona ao lado de sua xícara de café.
- Chegou a hora de limpar isso tudo.