sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Nostalgia .

Sentado na beira do muro
ele balança os pés no ar.
observando o céu
às três da manhã.
não importa o barulho
dos carros,
quando o horizonte não tem
nada a dizer.
balançando-se na beirada
do décimo quinto andar
ele vê as luzes brilharem
mais uma dose de gim.
girando no ar, despede-se
das estrelas e cai.
girando lentamente no ar
o seu corpo não tem mais
peso, o luar que não
apareceu, sorri.
sente o corpo tocar o chão,
e o barulho não incomoda.
na estrada, às três da manhã
nunca esteve mais feliz.